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DEU NA GAZETA

Reportagem aponta gastos milionários com Festival de Inverno

Da Redação

Reprodução arte A Gazeta

Arte A GAZETA

 

Em sua edição desta sexta, 28, o jornal A Gazeta traz reportagem assinada pelo jornalista Pablo Rodrigo, em colaboração com Vinícius Mendes, do site Gazeta Digital, na qual revela os gastos milionários com shows que serão realizados no 37º Festival de Inferno de Chapada dos Guimarães. Segundo a matéria, o dinheiro investido para realizar o evento seria suficiente para construir uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e mais três Unidades Básicas de Saúde.

Para uma cidade carente de saneamento básico, pavimentação de ruas e estradas, sem transporte coletivo, com enorme demanda em habitação popular e graves deficiências no fornecimento de água, o questionamento feito pela reportagem de A Gazeta soa como cobrança justa.

“Em ano eleitoral e buscando a reeleição, o prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (União), decidiu aumentar em 50% os gastos com a 37ª edição do Festival de Inverno que ocorrerá no mês que vem. Serão gastos cerca de R$ 9 milhões de recursos públicos, R$ 3 milhões a mais se comparado com o evento realizado no ano passado”, informa a matéria do jornal.

A Gazeta revela ainda que “R$ 6 milhões saíram dos cofres públicos do Estado”, metade desse dinheiro provém de emendas parlamentares.

Somente com caches de artistas o evento vai consumir cerca de R$ 4.263 milhões “sendo que apenas R$ 500 ml para artistas regionais”, cita a reportagem. Isso é praticamente a metade do gasto previsto para a realização do festival.

PERSEGUIÇÃO POLÍTICA

O jornal lembra que no ano passado, a então vereadora Fabiana Nascimento fez uma série de requerimentos questionando os gastos com o Festival de Inverno, que na época custou aos cofres públicos R$ 6 milhões. A vereadora, lembra o jornal, pedia que o “gestão Froner apresentasse prestação de contas e informação dos gastos”.

Ao exercer sua função constitucional, a vereadora virou persona non grata para a gestão municipal. “Em retaliação, o ex-secretário de gestão, Gilberto Mello, denunciou a parlamentar na Comissão de Ética da Câmara, alegando que ela teria atuado em processos judiciais como advogada contra a prefeitura. Mesmo com parecer contrário do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e da Ordem dos Advogados do Brasil, secional Mato Grosso (OAB/MT), a base do prefeito agiu única e exclusivamente para cassá-la e pôr fim à oposição dentro do Legislativo”, afirma A Gazeta.

DEFESA DO PREFEITO

A reportagem traz a posição do prefeito Osmar Froner, que “defendeu os gastos milionários”. Segundo jornal, o prefeito afirma que o evento “faz girar a economia da cidade.”

Além dos gastos de R$ 6 milhões cobertos por recursos públicos do Estado, o prefeito reconhece que até R$ 700 mil serão gastos pelos cofres da prefeitura e outros R$ 2,5 milhões deverão ser captados junto a iniciativa privada.

Froner afirmou, sem citar a fonte, que “existem estudos que dizem (sic) que se a gente investir R$ 8 milhões em eventos assim, podemos ter um retorno de R$ 80 milhões”, garantiu. Isto é, dez vezes o valor investido.

Froner, no entanto, não apresentou prestação de contas relativa aos gastos com o festival do ano passado, quando foram gastos R$ 6 milhões em recursos públicos. De acordo com a tese do prefeito, a cidade teria que ter sido beneficiada com um retorno de R$ 60 milhões. Dinheiro suficiente para equacionar toda crise provocada por dois anos do fechamento da Praça Dom Wunibaldo e de todo o período de restrições impostas ao trânsito de veículos na MT 251, na região do Portão do Inferno.

A reportagem de A Gazeta lembra ainda que a Justiça estadual “já atendeu pedidos do Ministério Público de Mato Grosso e suspendeu a realização de alguns shows milionários no interior do Estado”. A matéria cita o show de Manu Bahtidão, no valor de R$ 300 mil, em Ribeirão Cascalheira, e o show de Amado Batista, no valor de R$ 320 mil, em Campinápolis.



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