VIVA CHAPADA Domingo, 14 de Julho de 2024, 18:54 - A | A

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HISTÓRIA

Oca faz chamamento público aos artistas plásticos

Laura Lucena
Da Redação

A Oca (Organização Comunitária da Aldeia) está chamando publicamente todos os artistas plásticos de Chapada e de todo Mato Grosso para o início da primeira etapa do projeto "Aldeia Velha, berço e mãe". A ação voluntária e solidária visa a intervenção artística nos postes de iluminação pública do bairro.

O professor e cineasta Luiz Borges, presidente da Oca, agora aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso, decidiu colocar em prática uma antiga ideia, um sonho acalentado há anos: transformar a Aldeia Velha em mais um ponto de atração turística.

Ele acredita ser possível deixar o bairro mais visível, transformando a Aldeia Velha em um museu a céu aberto. A tese de doutorado de Luiz Borges, defendida na UFMT, é sobre Chapada, cujos primeiros habitantes se concentraram na Aldeia Velha.

Foi na Aldeia Velha que a Expedição Langsdorff ficou quando passou pela cidade de Chapada dos Guimarães. Liderada pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff, médico alemão naturalizado russo, a expedição percorreu, de 1824 a 1829, mais de mil quilômetros do interior do país, fazendo registros dos aspectos mais variados de sua natureza e sociedade.

Este material se constitui no mais completo inventário do Brasil e da Aldeia, consequentemente. Naqueles tempos, não existiam máquinas fotográficas e, para registrar as viagens, recorria-se aos desenhistas. São iconografias de como eram as paisagens e moradores da época. Borges está desenvolvendo um projeto para resgatar esse material que registrou os povos indígenas que aqui viviam.

A Aldeia Velha, em homenagem aos povos originários, tem as ruas nomeadas com etnias. O projeto liderado por Luiz Borges visa pintar os postes com as cores e símbolos da etnia homenageada nas ruas. Para identificar a rua, uma placa com a iconografia produzida pela Expedição Langsdorff será instalada.

O primeiro núcleo chapadense nasceu em 1736, na Aldeia Velha, e trazer esta história para conhecimento de todos é o objetivo do projeto, que tem como meta o treinamento de moradores locais como monitores que irão acompanhar os visitantes em um passeio histórico.

AOS ARTISTAS

A Oca disponibilizará tintas, pigmentos, pincéis e rolos obtidos através de uma parceria com a Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães, via Secretaria de Planejamento. A associação também fornecerá cadeira, guarda-sol, uma caixa de som, água e um almoço para que a ação tenha um certo conforto e chame a atenção dos moradores, particularmente das crianças.

Para o artista plástico que aderir ao projeto, mas mora fora de Chapada, Borges oferece uma diária na Pousada do Didi ou na Casa Aldeia, desde que seja após o Festival de Inverno.

“Para os artistas residentes em Chapada, propomos que essa ação se realize a partir de 13 de junho, podendo ser meio período ou o dia inteiro”, sublinha o presidente da Oca.

Os interessados devem entrar em contato pelo WhatsApp do coordenador desta atividade, o próprio Luiz Borges, pelo número (65) 9 9332-2857.

Borges dispõe de livros com a iconografia da Expedição Langsdorff, que reúne ricos elementos para pesquisa e inspiração daqueles que forem fazer os grafismos nos postes das ruas, que terão a assinatura de seus autores.



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