Depois de muita espera, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu o licenciamento ambiental para que o Governo de Mato Grosso possa realizar a obra de retaludamento no Portão do Inferno, localizado na MT-251. No entanto, o órgão ambiental impôs 22 condicionantes para que a intervenção possa ser realizada. A informação foi publicada pelo site RD News, em matéria assinada pelo jornalista Jacques Gosh.
O retaludamento do Portão do Inferno foi a solução apresentada pelo Governo do Estado para dar fim ao problema de deslocamento de blocos na região, que está parcialmente interditada desde dezembro de 2023 e com trânsito restrito, no sistema pare e siga. A previsão é que com o retaludamento sejam retirados 180 mil metros cúbicos da escarpa do morro e a estrada recue 10 metros, inutilizando para tráfego o viaduto hoje existente neste ponto da rodovia.
“Quero agradecer a todos que se empenharam, os presidentes do Ibama, Rodrigo Agostinho, do ICMBio, Mauro Pires, a ex-deputada Rosa Neide, o deputado federal e chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, nossos senadores Wellington Fagundes, Margareth Buzetti, Jayme Campos, nossa bancada federal, Secretarias de Infraestrutura e de Meio Ambiente. Agora com a licença na mão, a obra começa nos próximos dias e vamos resolver definitivamente aquele problema no Portão do Inferno”, afirmou o governador Mauro Mendes.
O viaduto deve ser transformado em um local de contemplação para os turistas. O Governo de Mato Grosso inicialmente solicitou dispensa do licenciamento ambiental, fato negado pelo IBAMA. Desde março o Executivo aguardava um posicionamento do órgão para iniciar a intervenção. Várias reuniões foram realizadas com participação, inclusive, da bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional para pressionar o Governo Federal.
Quando apresentou em coletiva de imprensa o projeto de retaludamento, o Governo de Mato Grosso assinou a ordem de serviço com a empresa Lotufo Engenharia, contratada para realizar a obra pelo valor de R$ 29,5 milhões. Afirmou que assim que a licença fosse concedida, em 5 dias úteis as intervenções teriam início.
A previsão inicial dada pelo Palácio Paiaguás é que a obra seja concluída em 120 dias. O sistema pare e siga continuará. No entanto, a estrada deve ficar com fluxo interrompido para as intervenções entre as 7 e às 17 horas. O tráfego seria retomado somente no final do dia, medida que aflige o empresariado local, que já sofre as consequências da queda do movimento na cidade.
Para passar mais detalhes sobre como se dará a logística da obra, a Sinfra ainda aguarda a publicação da licença no Diário Oficial da União.