OPINIÃO Segunda-feira, 24 de Maio de 2021, 08:40 - A | A

Segunda-feira, 24 de Maio de 2021, 08h:40 - A | A

MAX LIMA

A relação entre Covid-19 e a parada cardíaca

Max Lima

Max Lima é médico especialista em cardiologia e terapia intensiva, conselheiro do CFM, médico do corpo clínico do hospital israelita Albert Einstein, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia de Mato Grosso(SBCMT), Médico Cardiologista do Heart Team Ecardio no Hospital Amecor e na Clínica Vida , Saúde e Diagnóstico.

Após a permanência do Coronavírus e as milhares de mortes e casos de sequelas deixadas pela Covid-19 muito se aprendeu sobre os efeitos pós-doença e ainda há muito o que aprender.

 Entre elas o que a Covid-19 causa no coração como miocardites, infartos, insuficiência cardíaca, isquemia e tromboses.

 Inclusive, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) está montando um registro nacional sobre casos de pacientes que tiveram complicações cardíacas ocasionadas pela Covid-19.

 Esse estudo quer apurar por que alguns infectados que não fazem parte do grupo de risco e não possuam algum problema cardíaco, hipertensão, insuficiência cardíaca, arritmias e doença coronariana e nunca tiveram problemas no coração, de repente acabaram tendo infarto ocasionada pela infecção causada pelo coronavírus.

 O que se sabe até agora é que   o coronavírus causa  danos no músculo cardíaco e nos vasos sanguíneos. A Covid-19 gera uma inflamação no coração ou em uma das artérias o que aumenta o risco de se ter uma arritmia. Ainda há o agravante que com a inflamação causada pela Covid-19 no coração otimiza determinados medicamentos, como a cloroquina e a azitromicina, que associadas podem levar pacientes cardiopatas a terem arritmias malignas.

 Dados divulgados pela SBC apontam que pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) por causa da Covid-19, 7,2% das pessoas doentes apresentam dano no miocárdio,  foram detectadas arritmia em 16,7%, choque em 8,7% e insuficiência cardíaca em 23%.

 De qualquer forma, ainda não se tem respostas a curto prazo para muitas questões.

 O mais seguro ainda é tomar as medidas de biossegurança como uso de máscara, lavar as mãos ou usar álcool gel e ainda manter o distanciamento,  evitar aglomerações e claro tomar a vacina que está sendo disponibilizada.

 Temos que conviver com esse vírus, entender que ainda é um assunto novo e nada é absoluto neste momento.



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