O acampamento montado em frente à 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, localizada na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), em Cuiabá, foi desmobilizado na manhã desta terça-feira (10). A Polícia Militar esteve no local para a retirada dos materiais, como tendas e banheiros químicos, após a saída espontânea de todos os manifestantes.
A medida, tomada no âmbito da Operação Rescaldo, atende determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e garante a desocupação da via.
Os manifestantes estavam acampados em frente ao quartel desde o final de outubro, contrários ao resultado da eleição presidencial de 2022. Ao longo do período, a Polícia Militar de Mato Grosso acompanhou as movimentações a fim de garantir o direito de ir e vir da população. Depois dos atos de vandalismo registrados em Brasília no último domingo, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou a retirada dos acampamentos que estavam em frente aos quartéis.
A exemplo do que ocorreu em Cuiabá, a Polícia Militar também agiu nos municípios de Rondonópolis, Cáceres, Alta Floresta e Sinop. No interior também foram retirados materiais que eram usados pelos grupos, como tendas e banheiros químicos.
Em Rondonópolis, um grupo de manifestantes se concentrava em frente ao 18º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), sediado na BR-364. Em Cáceres, os manifestantes ocupavam a frente do Comando de Fronteira. Já em Alta Floresta e Sinop, os grupos ocupavam a frente das seções de Tiro de Guerra.
A Operação Rescaldo é coordenada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública. Equipes das forças de segurança seguem monitorando os locais.
Bolsonaristas hostilizaram o jornalista Marcos Salesse, do portal Olhar Direto, que foi registrar a saída da 13 Brigada em Cuiabá. Cinco manifestantes agrediram verbalmente o profissional e cobraram que as imagens feitas fossem apagadas. O mesmo aconteceu na segunda-feira com uma jornalista do site Hipernotícias.
Os acampamentos em frente aos quartéis começaram com o resultado das eleições em segundo turno. Insatisfeitos com a vitória de Luís Inácio Lula da Silva, bolsonaristas se mobilizaram e passaram a cobrar intervenção militar. SOS forças armadas foi um dos bordões mais utilizados durante esse período.