NOTICIÁRIO Segunda-feira, 10 de Agosto de 2020, 20:36 - A | A

Segunda-feira, 10 de Agosto de 2020, 20h:36 - A | A

INFARTO

Mato Grosso perde Adir Sodré, ícone das artes plásticas

As artes plásticas mato-grossenses perderam nesta segunda-feira (10) um dos seus nomes mais representativos. O artista plástico Adir Sodré, 58, faleceu no final da tarde em sua residência, em Cuiabá. A causa da morte teria sido um infarto.

O pintor e desenhista nasceu em Rondonópolis e iniciou sua vida artística em 1977 no Ateliê Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso, onde foi orientado por Humberto Espíndola e Dalva de Barros.

Nos dois anos seguintes integrou, com Gervane de Paula e outros artistas, um grupo que procurou renovar a arte mato-grossense. Nessa época, participou de exposições coletivas organizadas pelo Museu de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso (MACPP/UFMT).

Participou também, entre outras, das coletivas Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), Rio de Janeiro, em 1983, e Modernidade, Arte Brasileira no Século XX, no Museu de Arte Moderna de Paris, em 1987. Em sua produção aborda temas relacionados à cultura regional.

Repercussão

A morte de Sodré repercutiu não apenas entre os artistas plásticos, mas também entre as autoridades e a população em geral, já que não há como falar em cultura e arte regionais sem se lembrar das obras de Adir. São dele as pinturas espalhadas pelas paredes do restaurante Choppão, em Cuiabá, um dos símbolos da cuiabania.

O viaduto do Despraiado também guardará para sempre uma obra de Sodré que participou do projeto Cidade Viva, que espalhou obras de artistas regionais por várias obras de Cuiabá.

“É uma imensa perda para a cultura mato-grossense. Um homem que sempre esteve além do seu tempo. Um artista com um potencial incrível e que teve sua arte reconhecida, não apenas em Mato Grosso, mas no Brasil e no Museu de Arte Moderna de Paris. Adir Sodré fará muita falta para a nossa cultura e para os amigos e familiares”, destacou o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Alberto Machado, o Beto Dois a Um.

O secretário municipal de Cultura, Francisco Vuolo, também lamentou a morte do artista. “Com imenso pesar recebo a notícia do falecimento de Adir Sodré, uma das maiores referências da cultura em nossa história. A sua arte sempre será lembrada e que sua irreverência seja sinônimo de carinho, alegria e respeito para a inspiração da boa arte para as futuras gerações. Meus profundos sentimentos a todos familiares do nosso querido Adir”.

“Um monte da minha história vai junto com ele. Fique em paz, meu amigo”, disse o produtor cultural Mário Olímpio.

“E num triste gole do acaso, Mato Grosso, mais uma vez, sofre a perda de um de seus expoentes. A cultura cuiabana precisará se reinventar na saudade de Adir Sodré”, disse o senador Carlos Fávaro (PSD).

“Adir se foi, voando por entre pincéis, tintas e performances ... Adir se foi, levando um pouco de nós...Adir se foi e nos deixou as fortes cores do seu coração de criança... Adir se foi, mas na chuva da primavera, quando olharmos o céu, lá estará ele pintando o arco-íris...”, escreveu o diretor teatral Flávio Ferreira.

“O Adir sempre foi uma grande referência para mim, para o meu trabalho, tanto como expressão artística como a maneira com que ele se relacionava com o trabalho, ele se doava totalmente à arte e isso para mim é um exemplo, algo em que eu me espelho”, disse o artista plástico Adriano Figueiredo. “O que eu acho mais importante na trajetória dele é que ele escolheu fazer o seu melhor para a sua gente. A partida do Adir deixa uma lacuna imensa na arte mato-grossense e brasileira”.

O local do velório do artista não foi informado.

Atualizada em 11/08 às 08:30



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