Diversos líderes mundiais parabenizaram o democrata Joe Biden e Kamala Harris após o anúncio de sua vitória na corrida presidencial nos Estados Unidos. O primeiro-ministro britânico, Boris Jhonson, classificou a vitória como uma "conquista histórica", e cumprimentou os candidatos. "Os Estados Unidos são nosso aliado mais importante e estou ansioso para trabalhar juntos em nossas prioridades comuns, desde as mudanças climáticas para o comércio e a segurança",afirmou em sua conta do Twitter.
O presidente da França, Emmanuel Macron, também parabenizou a dupla pelo resultado. "Temos muito que fazer para superar os desafios de hoje. Vamos trabalhar juntos!", escreveu, em seu perfil no Twitter.
Ainda no continente europeu, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, publicou em seu perfil do Instagram uma mensagem de saudação a Biden e Kamala. "Desejo-lhe sorte e sucesso de coração. Estou ansiosa para trabalhar com o presidente Biden no futuro. Nossa amizade transatlântica é indispensável se quisermos enfrentar os difíceis desafios de nosso tempo", afirmou a líder.
Vizinho aos Estados Unidos, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também parabenizou os democratas. "Nossos dois países são amigos íntimos, parceiros e aliados. Compartilhamos um relacionamento único no cenário mundial. Estou realmente ansioso para trabalharmos juntos e desenvolver isso com vocês dois", escreveu.
Na América Latina, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, parabenizou pelo Twitter o "povo estadunidense pelo recorde de participação nas eleições, uma clara expressão da vontade popular". Na mesma publicação, ele parabenizou a dupla democrata.
O presidente da Colômbia, Iván Duque, desejou a Biden êxito na gestão. "Trabalharemos juntos para fortalecer a agenda comum no comércio, meio ambiente, segurança e luta contra o crime internacional", afirmou, em seu perfil no Twitter.
O ex-presidente dos Estados Unidos e democrata Barack Obama também parabenizou os colegas de partido em declaração publicada no Twitter. "Eu não poderia estar mais orgulhoso por parabenizar nosso próximo presidente Joe Biden e Kamala Harris como nossa próxima vice-presidente", disse. No texto, Obama destaca a importância da eleição de Biden para a democracia, que "necessita de nós mais do que nunca".
Imprensa
A vitória de Biden rapidamente repercutiu na imprensa internacional. Nos textos, as publicações destacaram pontos como a promessa de união do país feita por Biden após o resultado prévio de hoje.
Os jornalistas apontaram ainda o fracasso do republicano Donald Trump ao tentar se reeleger - ele foi o terceiro presidente desde a Segunda Guerra Mundial a não conseguir levar outros quatro anos. Apesar da ponderações, os veículos destacaram a disputa judicial a ser iniciada por Trump. Além disso, nem de longe a vitória de Biden representaria o fim dos ideias de uma parte significativa do povo norte-americano que deu a vitória a Trump em um primeiro mandato e quase o reconduziu à Casa Branca nesta eleição.
O New York Times exibia em sua manchete no portal a vitória do democrata, que será o 46º presidente dos Estados Unidos. Segundo o veículo, Biden "foi eleito prometendo restaurar a normalidade política e um espírito de unidade nacional para enfrentar as crises de saúde e econômicas, posicionando Donald Trump como um presidente de um único mandato após quatro anos de tumulto na Casa Branca".
A publicação destacou que a vitória de Biden representaria um repúdio do povo americano à conduta de Trump. Os eleitores decisivos, aponta, foram as mulheres, negros, jovens e os mais velhos, assim como "um punhado de republicanos insatisfeitos". O jornal lembrou que Trump foi o terceiro presidente eleito desde a Segunda Guerra Mundial a perder a reeleição e o primeiro em mais de 25 anos.
Já o Washington Post destacou que a vitória de Biden sobre Trump veio depois de uma eleição muito disputada. "Os eleitores também fizeram história ao eleger como vice-presidente Kamala Devi Harris, 56, uma senadora da Califórnia e filha de imigrantes jamaicanos e indianos que se tornará a primeira mulher do país, o primeiro negro e o primeiro asiático-americano a ocupar a vice-presidencia", destacou. A publicação destacou ainda o tom apaziguador adotado por Biden, que afirmou querer a união do país. Lembrou ainda que Biden venceu em três Estados decisivos que ficaram com Trump na eleição passada, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, "reconstruindo assim a 'Muro Azul' que protegia os candidatos democratas anteriores".
A Economist, popular revista inglesa, destacou que a movimentação atual da contagem dos votos pode levar Biden a vencer com mais de 300 delegados. "O presidente republicano afirma falsamente que ganhou a eleição, diz que ela é fraudada e entrou com vários processos para tentar atrapalhar a contagem dos votos. A publicação destacou ainda que Trump é o primeiro presidente desde Benjamin Harrison, em 1892, a perder no voto popular duas vezes - na disputa contra a Hillary Clinton, Trump perdeu por voto popular, mas venceu em número de delegados.
O Financial Times apontou o número recorde de eleitores a enviar seus votos por correio para evitar aglomerações durante a pandemia. "A regra de alguns Estados impedia a contagem antes do dia da eleições, abrindo espaço para um atraso na apuração", explicou. "Apesar da ameaça do coronavírus, o comparecimento geral na votação que terminou na terça-feira também deve atingir níveis nunca vistos em um século".