um encontro que promete gerar polêmica e divisões no DEM, partido do governador Mauro Mendes, líderes do partido e do PL, anunciaram, nesta segunda-feira (17), aliança para as eleições suplementares ao Senado em 15 de novembro. Nilson Leitão (PSDB) encabeça a chapa composta ainda por Júlio Campos (DEM) e José Márcio Guedes (PL), respectivamente 1° e 2° suplentes. O senador Jayme Campos (DEM), durante pronunciamento, revelou a intenção de manter projeto eleitoral com o senador Wellington Fagundes (PL), em 2022.
A aliança ainda precisa ser aprovada em convenção dos partidos, o que deve ocorrer nos primeiros dias do próximo mês com anunciado embate entre membros do DEM, já que o presidente da Assembléia Legislativa, Eduardo Botelho deve apoiar Otaviano Pivetta (PDT) e o governador Mauro Mendes o candidato do PSD, Carlos Fávaro.
“Estamos extremamente satisfeitos e honrados com essa composição da chapa que aconteceu de forma natural. É um relacionamento político de muitos anos que chegou até essa composição”, observou deputado estadual Carlos Avallone, presidente estadual do PSDB.
Deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) afirmou que a composição da chapa não pode ser vista como uma divisão partidária em Mato Grosso, já que alguns integrantes foram liberados para que pudessem apoiar outras candidaturas.
“Entendemos que temos a prerrogativa de várias candidaturas do DEM no interior de Mato Grosso, sendo 86 a prefeito e 16 a vice-prefeito no estado”, relatou. “Essa união entre partidos é para que possa haver uma gestão política de sucesso. Contemplamos a bagagem política para atender as demandas de todo o Mato Grosso”, acrescentou.
Em se tratando de bagagem política, o ex-senador e ex-deputado federal Júlio Campos (DEM) disse que confia em sua bagagem e experiência política para levar os nomes à aprovação em convenção do DEM que deve acontecer já no início de setembro.
“Não há ninguém mais autêntico na polícia do que Júlio José de Campos”, afirmou. “São 41 anos de coerência política e partidária, nunca mudei de lado ou de grupo. Acho que eu tenho um mérito muito grande e autorização para ser suplente de senador. Ninguém tem uma história tão profunda quanto eu”, completou.
José Marcio Guedes foi vereador em Rondonópolis e é filiado ao PL desde 2008. Foi secretário adjunto de infraestrutura de Mato Grosso e entra na chapa sob as bênçãos do senador Wellington Fagundes (PL), de quem é assessor.
“Recebo com muita honra e responsabilidade essa composição, a confiança do meu partido e aliados. Estou pronto e preparado para desenvolver um bom mandato e fazer as entregas que Mato Grosso precisa”, discursou.
O ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) não poupou elogios a Júlio, a quem chamou de “maior biografia histórica viva de Mato Grosso” e disse que os projetos para Mato Grosso estão em consonância entre os três partidos.
Wellington Fagundes chamou Nilson de “predestinado” e afirmou que a presença de Júlio Campos na chapa dá respaldo “para mostrar que, em Brasília, teremos um candidato com apoio e força política”.
Jayme Campos já fala em 2022
O senador Jayme Campos, que também esteve presente na reunião de divulgação da chapa, afirmou que a coligação foi muito bem pensada. “Não há aventureiro, mas compromisso e independência daqueles que defendem Mato Grosso”.
Jayme reforçou o apoio majoritário do DEM à candidatura do tucano Nilson Leitão e ressaltou que o governador Mauro Mendes, em abril, quando Julio Campos era candidato do partido nas eleições suplementares, em reunião no Paiaguás, afirmou que não poderia apoiar o democrata. Segundo Jayme, Mauro Mendes alegou constrangimento em apoiar Julio por conta das candidaturas de Otaviano Pivetta, seu vice-governador e Carlos Fávaro, seu companheiro de chapa nas eleições de 2018.
Durante sua fala, o senador Jayme Campos declarou compromisso com Wellington Fagundes para as eleições de 2022 (veja o vídeo abaixo). A declaração deve causar reação e acirrar os ânimos entre os democratas, já que Mauro Mendes é candidato natural à reeleição.