NOTICIÁRIO Sexta-feira, 24 de Março de 2023, 07:43 - A | A

Sexta-feira, 24 de Março de 2023, 07h:43 - A | A

GESTÃO PÚBLICA

Governadores de MT e RS destacam caminhos para gestão eficiente

Michely Figueiredo
Da Editoria

Os governadores de Mato Grosso Mauro Mendes (UB) e do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) integraram o segundo painel do Congresso Nacional de Gestão Pública, realizado em Brasília, e trouxeram as medidas que adotaram em suas administrações para que a gestão se tornasse eficiente. 

Tanto Mendes como Leite herdaram em 2019 governos com problemas. Folha salarial atrasada, fornecedores sem receber e prestação do serviço público de qualidade duvidosa. No entanto, passados quatro anos de governo, puderam implementar uma nova forma de tocar a máquina pública, tanto que foram reeleitos para mais um mandato. 

Para Mendes a gestão pública eficiente é um dos maiores desafios do país, que hoje acumula uma dívida com a sociedade brasileira. “Nenhuma empresa será de sucesso se tiver uma gestão deficiente. Nenhum país será aquele que vai entregar qualidade de vida para o seu cidadão de forma perene, sustentável se a gestão do país, dos estados e dos municípios não melhorar e precisa melhorar muito”, analisou. 

O governador de Mato Grosso destaca que com as ações implementadas, como austeridade fiscal, reforma administrativa, aplicação de recursos com mais critério, o cidadão mato-grossense já pode sentir melhorias na ponta. 

“Um estado eficiente entrega produtos e serviços melhores para o cidadão. E essa eficiência começa pela gestão fiscal. Porque tudo que você possa pensar em fazer, que é necessário fazer, depende fundamentalmente da sua capacidade de realizar investimentos. Para melhorar saúde, educação, investir em segurança pública tudo tem que ter dinheiro e o dinheiro vem de uma boa gestão fiscal, em saber arrecadar corretamente e gastar corretamente o dinheiro público”. 

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, compartilha dessa opinião e salienta que por trás da prestação de serviço de qualidade existe ainda um outro desafio, que é a complexidade da organização do estado brasileiro, com toda burocracia, legislação e processo de administração. 

Leite ressalta que para avançar no Rio Grande do Sul precisou fazer reformas profundas. “Fizemos uma reforma profunda na estrutura da máquina pública, na estrutura das carreiras do serviço público, na previdência, privatizações. Quando a gente fala em reforma, é dar nova forma a algo que é antigo e que vai ao longo do tempo precisando de revisão”. 

Neste ponto, Leite destaca, por exemplo, a escolha pelas privatizações. Para ele, pode ser que há décadas o setor privado não tivesse condições de atender a certos anseios da sociedade e essa prestação de serviço coubesse ao Estado. No entanto, o cenário mudou

“Às vezes, mais do que não fazer sentido, pode ser altamente ineficiente que a gestão pública se ocupe de algo em que o setor privado tenha capacidade de agir. Então, é para trazer essas discussões, essas reflexões, os exemplos de bons cases. Isso que a gente vem fazer aqui nesse Congresso. Esse debate é muito bem-vindo. Muito importante estar ajudando a orientar tantos outros gestores pelo nosso território nacional”.

O Congresso Nacional de Gestão Pública visa oferecer aos gestores públicos alternativas mais eficazes de modernização da gestão fiscal e de pessoas. O evento é organizado pela Academia Brasileira de Formação e Pesquisa.

A coordenação científica do Congresso é responsabilidade dos professores João Trindade Cavalcante Filho e Rafael Rodrigues Pessoa de Melo Camara, além do ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Douglas Alencar Rodrigues.

Nos dois dias do evento, o foco será criar um espaço de debate que aborde a redução de custos dos serviços públicos, a ampliação da arrecadação de tributos sem aumento da carga tributária e o aumento da eficiência dos serviços oferecidos à população.



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