O prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) foi reconduzido ao cargo pela população cuiabana durante o segundo turno das eleições, realizado neste domingo. Com 100% das urnas apuradas, o emedebista conta com 51,15% dos votos válidos, o que corresponde a 135.871 votos. Abílio Junior (Pode) contou com 48,85%, o que representa 129.777 votos válidos. Uma diferença de 6.094 votos.
Diferente do primeiro turno, quando a apuração sofreu atraso depois de uma invasão ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), neste segundo turno a divulgação dos resultados foi mais rápida. Com a votação encerrada às 17 horas, às 18:47 todas as urnas já estavam apuradas.
Embora tenha terminado o primeiro turno das eleições em segundo lugar, Pinheiro reagiu e conseguiu a reeleição. No primeiro turno, Abílio terminou a disputa em primeiro lugar 90.631 votos, o que correspondeu a 33,72% dos válidos. Já Emanuel Pinheiro conquistou 82.367, o que significa 30,64% dos votos válidos.
A abstenção registrada foi de 24,79%, ou seja, 93.745 pessoas deixaram de votar neste segundo turno, um índice maior do que o verificado no primeiro turno, quando 22,01% de ausentaram. Compareceram às urnas 284.352 pessoas. Ainda foram registrados 6.325 votos brancos (2,23%) e 12.379 nulos (4,35%). Os válidos somaram 265.648 (93,42%). Em Cuiabá, 378.097 eleitores estavam aptos a irem as urnas.
Para o deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que participou da programação da TV Cidade Verde para apuração dos votos, a vitória de Emanuel Pinheiro (MDB) foi pessoal. "Era uma vitória quase impossível. Reverteu o cenário diante de denúncias tão pesadas. Emanuel contou com alguns fatores. Gestão que mais teve dinheiro em caixa, quase R$ 13 bilhões em 4 anos. Nenhum prefeito teve tanto quanto ele", ponderou.
Santos também diz que a Emanuel Pinheiro conta com uma avaliação de gestão melhor do que a avaliação pessoal. "Achei até que o marketing exagerou na utilização da figura dele no primeiro turno. Deveria ter usado mais o povo falando de obras e ações porque a gestão dele é melhor que ele, mais bem avaliada que ele". O deputado ainda continuou dizendo que embora Pinheiro tenha chegado no primeiro turno de salto alto, achando que ganharia a disputa sem passar pelo segundo turno, quando as pesquisas mostraram seu desempenho, ao invés de desanimar e deprimir, o emedebista foi à luta.
Conforme pesquisa Ibope, a gestão de Emanuel Pinheiro foi bem avaliada por 80% da população cuiabana.
"Ele pegou as armas, foi à luta, arregaçou as mangas, fez campanha de fato, tradicional, corpo a corpo, aperto de mão, olho no olho, colocou as lideranças para trabalhar. Isso levou a essa decisão".
O parlamentar analisou ainda que o "pecado" de Abílio foi ficar só no ataque e não apresentar propostas. "Nos debates aquele que queria votar no Abílio não queria ver só o corajoso, impetuoso, mas esperava que trouxesse propostas. Inteligentemente ou não ele dizia que o seu plano de governo era o maior, que tinha 240 propostas, mas ninguém sabia de nenhuma. É preciso apresentar um plano enxuto, massificar 6 propostas no máximo. Ninguém absorve 240 propostas. Faltou experiência na reta final. Faltou ainda capacidade de ouvir, que é uma característica do Abílio. Enquanto um fazia campanha ferozmente o outro recusava apoios", analisou.
Atualizada às 19:32