Nos dias 20 e 21 de julho, às 20 horas, o Teatro da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) sedia a peça “Nepal”, encenada pelo Theatro Fúria. A nova temporada é inspirada na aclamação pela crítica e plateias de todo o país entre os anos de 2000 e 2010. Com prêmios relevantes do teatro brasileiro a peça volta à cena com adaptações para mostrar o embate constante entre sobreviventes ao fim do mundo em meio a humor ácido e questionamentos sobre quanto vale o poder quando se está à beira da extinção.
O site do Theatro Fúria tem o acesso aos ingressos que são gratuitos. Há também a opção para o público contribuir voluntariamente, com qualquer valor, via Pix para a campanha “Eu valorizo a arte”. Com a contribuição é possível concorrer a brindes e vantagens especiais para os próximos eventos do Theatro Fúria. Em Nepal, o mundo acabou. Ou quase. Restam apenas duas pessoas que se encontram numa terra distante. Traço e Bathanagar, interpretados por Péricles Anarckos e Carolina Argenta, respectivamente, se veem forçados a redefinir os valores que determinavam suas vidas.
Pautada pelo existencialismo, a peça desperta emoções e reflexões diversas no público ao discutir ambições e pequenos poderes no limite da existência. É que no limiar apocalíptico, os personagens se veem obrigados a criar uma nova convenção social, especialmente porque o acesso à água impulsiona o conflito entre eles. Aguçando a curiosidade, Péricles relembra que Bathanagar se apropria de um rio que é única fonte de água na região e assim, o curso d´água vira alvo do desejo de Traço, um andarilho que ali chega. Tal qual a primeira versão, eles lutam com cordas o tempo todo, mas a bacia de outrora deu lugar à “furiosa máquina chovedora”.
Mais de 25 anos e 20 espetáculos montados
As produções do Theatro Fúria têm dramaturgia própria e são pautadas por muita pesquisa e liberdade criativa. A trajetória do Fúria tem início em 1998 e desde então, são mais de 20 espetáculos montados. Destes, 13 circularam por festivais em todo o país, recebendo reconhecimento da crítica e públicos diversos, seja nos teatros ou nas ruas.
Algumas dessas montagens, como é o caso de Nepal, receberam prêmios de dramaturgia, encenação, atuação, figurino, sonoplastia e iluminação.
A apresentação é resultado do edital Viver Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) e apoio da Pró Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) e Teatro da UFMT.