A pesquisa global da Experian sobre autenticação e prevenção à fraude identificou que 77% dos entrevistados no Brasil estão preocupados com roubo de identidade, número superior ao obtido com os entrevistados no resto do mundo que é de 57%. A pesquisa também mostra que 61% dos brasileiros já passaram por alguma experiência deste tipo ou conhecem alguém que foi vítima.
O roubo de identidade ocorre quando os criminosos, em posse de dados pessoais do consumidor, tentam obter crédito, abrir contas bancárias e até mesmo emitir cartões de crédito. A boa notícia é que existem ferramentas que permitem autenticar o cliente através de diferentes camadas de prevenção e que são efetivas para evitar que alguém se passe por outra pessoa.
Outro dado que chama a atenção é o receio que 78% dos brasileiros têm de que as informações do cartão de crédito sejam roubadas. O número está bem acima da média global, que é de 61%. A pesquisa aponta que a preocupação com fraudes relacionadas ao cartão de crédito aumentam de acordo com a idade: 54% das pessoas de 18 a 24 anos têm esse medo. O número aumenta para 57% na faixa dos 25 até 39 anos, para 62% dos 40 aos 54 anos e 74% dos 55 até 64 anos
As empresas estão cada vez mais conscientes da importância da autenticação contínua, como destaca o Gerente Executivo de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Rafael Garcia. “A detecção de fraude está entre os 3 desafios que mais preocupam as empresas, isso reflete na estratégia de negócio, já que as soluções de autenticação e prevenção à fraude ocuparam o segundo lugar na ordem de investimento das companhias brasileiras.”
A pesquisa mostra que 87% dos consumidores brasileiros consideram importante que as empresas com as quais interagem no ambiente digital sejam capazes de identificá-los sempre. Já do lado das empresas, 98% dos entrevistados disseram que estão preocupados com o reconhecimento digital dos clientes.
Garcia destaca a importância de alinhar as expectativas e procurar parceiros que possam ajudar na construção de uma jornada segura pra empresas e consumidores. “Vale ressaltar que as soluções não devem ser implementadas de forma isolada, sem uma estratégia de autenticação e prevenção à fraude, pois a proteção pode ficar comprometida. Para uma jornada do cliente segura de ponta a ponta, é necessário a combinação de ferramentas que possam prevenir diversos tipos de fraudes e estar à frente da evolução dos ataques dos fraudadores”.
Veja as dicas para empresas e consumidores evitarem ser vítimas de golpistas
Consumidores:
· Inclua suas informações pessoais e dados de cartão se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;
· Desconfie de ofertas com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar pegar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;
· Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminem os dispositivos com vírus para funcionarem sem que o usuário perceba;
· Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;
· Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;
· Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;
· Monitore seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.
Empresas:
· Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em novos métodos de detecção de fraudes e tecnologias cada vez mais sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação não afete sua experiência integrada;
· Conte com plataformas de pagamento online. A empresa que deseja atuar de forma online, prestando serviços ou vendendo produtos, precisa ter a máxima atenção com os pagamentos. É preciso adotar uma sistemática que alie rapidez no processamento das transações à segurança;
· Faça a análise de compras mais caras. Outra prática que pode reduzir bastante o risco de fraude online é a análise das compras. Sempre que a empresa se deparar com um pedido de alto valor, por exemplo, é necessário dedicar uma atenção especial, verificando de forma mais detalhada o cliente e os dados informados. Uma forma de garantir a segurança desse tipo de transação é realizando um contato prévio por e-mail ou telefone para confirmar dados ou a própria compra. Embora esse tipo de avaliação possa tornar o processo de venda mais longo, ele é essencial para resguardar o seu negócio contra fraudes;
· Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é outra estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode facilmente identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;
· Consulte o perfil do seu cliente. Conhecer o cliente é, sem dúvida, uma das maneiras mais eficientes de se evitar fraudes online. Quando a empresa é capaz de avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo. Fica muito mais fácil e seguro avaliar os riscos de uma operação.
Metodologia
De janeiro a março de 2022, a Experian realizou uma pesquisa com 6.062 consumidores com idades entre 18 e 69 anos e 1.849 representantes de empresas em todo o setor de serviços financeiros, incluindo bancos de varejo, fintechs, provedores de rede de cartões de crédito, bancos digitais, empresas de serviços em tecnologia de consumo, fornecedores de eletrônicos e varejistas online e móveis. As entrevistas ocorreram em 20 países (África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Malásia, Noruega, Peru, Singapura e Reino Unido). Os resultados foram validados por meio de entrevistas qualitativas com consumidores da Alemanha, Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. Este é o sétimo ano da pesquisa.