A percepção emocional ajuda as crianças a reagirem adequadamente as frustrações na sua rotina. Porque desenvolvem uma das principais habilidades de vida, a autopercepção.
A capacidade de regular as emoções auxilia as crianças a ter mais sucesso junto aos pares, como, por exemplo, quando percebem as emoções dos outros e interagem com sucesso no momento em que um amigo o magoa ou está zangado.
Qualquer pessoa que convive com crianças, situações de choro, gritos, nervosismo, agressividade: todas as características das famosas ‘birras’ que atormentam os pais de crianças são comuns em casa e saiba que podem ser consequências de uma grande dificuldade dos pequenos de lidar com as próprias emoções.
Nesse período de quarentena as crianças têm sido as mais prejudicadas, pois o nível de cortisol e adrenalina têm aumentado em seu organismo, acumulando energia e hiperatividade, elevando o nível de estresse nos pequenos e na família, como consequência.
Pais vocês precisam ajudá-los nesse processo. Nós adultos somos essenciais nesse entendimento dos pequenos sobre si. Sugiro que façam atividades lúdicas com esse objetivo, uma vez na semana pelo menos.
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Eu, Gina, vivo essa experiência maravilhosa com meus alunos do curso ‘Jornada das Emoções’, com meus pacientes no consultório e em casa – como avó. É encantador ver o momento em que as crianças começam a identificar as emoções dentro delas e começam a falar juntos, citando exemplos. Aliás, nessa travessia é importante contar com um adulto ajudando-as a entender tudo isso – com acolhimento e auxílio para aprenderem a nomear o que sentem.
Trabalhar a autoconsciência emocional, a gestão das emoções, como controlar produtivamente as emoções, a empatia e como gerir relacionamentos. Entre os benefícios, estão a melhora significativa de comportamentos agressivos e birras, maior facilidade de dialogar em momentos difíceis ou de conflito, maior facilidade de se expressar no mundo, maior autoestima e segurança, além da formação de pais mais assertivos e conscientes do seu papel.
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O Amar e Acolher, um grupo que se empenha em construir conteúdos e cursos socioemocionais às crianças, em que sou facilitadora em Mato Grosso diz: “ Desta forma, quanto mais cedo ocorrer a educação do reconhecimento das emoções e formas positivas de lidar com elas, melhor se relacionará consigo mesma e com o outro, conquistando um efeito significativo na saúde mental, social e emocional da criança, em sua adolescência e estendida para a fase adulta.”
Não estiquem o elástico, papais.Vamos começar hoje mesmo? Qual diferença faria na suas vidas hoje se te fossem apresentadas essas possibilidades ontem?