Tenho como hábito, nos meus aniversários, ao responder às mensagens, também desejar coisas boas a quem me felicita, de forma que essa pessoa se sinta também especial.
Um amigo chegou, certa vez, a me questionar por que, sendo uma data “minha”, agir como se o aniversariante fosse não eu, mas aquela pessoa que me enviou a mensagem.
A resposta vem da arte, mais precisamente do livro que deu origem ao filme “Into the Wild”, ou “Na Natureza Selvagem”, do jornalista americano Jon Krakauer, levado às telas pelo olhar do ator Sean Penn. A história é baseada na vida de Christopher McCandless e sua jornada de autodescobrimento pela América do Norte.
Aluno brilhante, Christopher se formou na faculdade e saiu em busca de algo mais da vida, que transcendesse o cotidiano, que fizesse sentido, além do que experimentamos no dia a dia.
Com o objetivo de ir para o Alasca e viver a vida selvagem, como parte da Natureza, doou tudo o que possuía, colocou poucas mudas de roupa numa mochila, deixou sua família, para partir em sua aventura pessoal.
Não entro em detalhes sobre os acontecimentos para não privar você, que me lê, da experiência de acompanhar e sentir a narrativa, realizando seus próprios questionamentos e tirando suas próprias conclusões. Compartilho apenas o que deixou em mim.
Que a alegria da vida vem de nossos encontros, de novas experiências. E como não agradecer, no aniversário ou com certa frequência, às pessoas que nos proporcionam isso? Como não oferecer um pouco de carinho a quem movimenta nossos dias?
E o mais importante, uma citação que sozinha, valeria pelo livro/filme inteiro: “A felicidade só é real quando é compartilhada”.
Ninguém é feliz única e exclusivamente em si mesmo, por mais que a solitude nos seja agradável e ofereça conforto.
Por isso, não levante muros, crie pontes. Precisamos uns dos outros, precisamos compartilhar histórias, vivências. Ter outras visões de mundo ao alcance do nosso pensar e sentir. Perceber o que está além de nós mesmos. Observe, veja, sinta, seja o outro. Porque estamos todos, de alguma forma, conectados e interdependentes. Viemos todos aprender e ensinar, juntos.
Não tenha medo, não se economize à vida, às pessoas. Compartilhe-se. Mostre e dê o seu melhor a quem se aproximar.
Em tempos de tantas más notícias, inverdades, pessimismo, negacionismo, seja transmissor de alegria, leveza, positividade. Permita que seu universo e, consequentemente, sua felicidade se ampliem.
Adriana pozza Alves da silva 16/06/2021
Texto maravilhoso! Parabéns por colocar no papel detalhes simples do dia a dia de vivências que fazem toda diferença! Só quem tem alma elevada consegue se expressar com tal magnitude! Lindo!
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