Em tempos densos, aprenda a fluir.
Seja água, que sábia e temporariamente toma a forma do recipiente-corpo que a contém.
Deixe-se escorrer de prazer ou emoção sempre que possível.
Quando os céus estiverem escuros demais, permita-se chover, seja mansa garoa ou tempestade arrasadora. Não tente segurar, ofereça à terra e ao tempo suas lágrimas, que as receberão e darão vida a novos sonhos em solos mais férteis.
Saiba contornar obstáculos, romper barreiras, seguir em frente, mesmo diante daquilo que tenta impedi-la, sem mudá-la.
Lembre que, não importa ao que tentem misturá-la, o que queiram diluir, poluir, macular, você ainda é o que é.
Com o tempo, os detritos acabarão por se acumular nas profundezas, repousando no esquecimento.
Tudo voltará a ser como deve ser.
E será.
E sempre fluirá.
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