Força não é brutalidade. É o domínio da inteligência sobre ela.
É a dama que, com jeitinho, escancara ou fecha as mandíbulas da fera. A estratégia, a persuasão.
Não é Sansão, é Dalila. Não é João Batista, é Salomé. Não é Hércules, é Onfale.
Não é notícia, é intervalo comercial. É o poder que cativa o poderoso.
Está ali, na adaptabilidade, na resiliência, na cama elástica que fica no fundo do poço e que joga a gente pra cima.
É o pulo do gato, a manha, a arte da sobrevivência quando o mundo parece não conspirar a favor. O sangue frio pra não explodir, pra não perder a razão.
É se fazer de besta pra ser mais feliz. Fazer a egípcia, a cara de paisagem.
É matar um leão e, ao mesmo tempo, ir desviando das antas pelo caminho.
O desaforo de seguir em frente só pra ser “do contra”, o “plot twist” de cada episódio da narrativa pessoal. E no final, fazer valer a própria vontade.
A capacidade que a gente adquire de conseguir um fôlego extra, como quem mergulha e depois retorna à superfície pra buscar um pouco mais de ar.
É tudo o que os novos tempos vêm tentando nos ensinar e muitos ainda se recusam a aprender.