Nesses tempos de pandemia a política, aparentemente, anda meio submersa. No plano nacional as crises deram uma amainada e quase não se fala, por exemplo, das eleições municipais, que vão acontecer agora em novembro.
Já nos bastidores as articulações são intensas. No Congresso Nacional os parlamentares já estão tratando da sucessão da Mesa Diretora, tanto do Senado como da Câmara.
Todo mundo sabe que o presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de barrar os 48 pedidos de impeachment que estão lá na Presidência da Câmara, fechou um acordo com os partidos do Centrão, promovendo uma ampla distribuição de cargos. Com isso o presidente passou a contar com uma bancada de apoio maior, que vem sendo camada de Centrão Bolsonarista.
O cenário para a sucessão de Rodrigo Maia (DEM) na Presidência da Câmara está assim: de um lado o grupo de Maia, que reúne o DEM, o PSDB, o MDB, aquela parte do PSL que rompeu com Bolsonaro, tem o Cidadania e outros partidos.
Do outro lado tem o Centrão Bolsonarista, que reúne deputados do Progressistas, PL, PSD e Republicanos.
E uma terceira força, que não tem votos para eleger um candidato próprio, mas que vai decidir a eleição da Mesa da Câmara: a dos partidos de oposição ao governo Bolsonaro. O PT, PSB, PDT, PSOL, PC do B, PV e Rede, que devem somar cerca de 133 parlamentares.
Esse cenário mostra que, neste momento, o grupo de Rodrigo Maia deve continuar comandando a Câmara dos Deputados. Mas faltam 7 meses para essa disputa e até lá tudo pode mudar.