Em 2019, o Brasil exportou para a China o equivalente a US$ 63,4 bilhões, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Os Estados Unidos são o segundo país em volume de exportações com US$ 29,7 bilhões. A soma das exportações brasileiras para todos os seus parceiros comerciais no ano passado foi de US$ 225,383 bilhões contra uma importação de US$ 177,347 bilhões, o que assegurou um superávit na balança comercial de US$ 48,035 bilhões.
O principal produto de exportação do Brasil é a soja, cuja participação nas exportações foi de 12% do total de produtos exportados, o que em 2019 resultou em US$ 26 bilhões. E cerca de 79% da soja brasileira teve como destino a China. Mato Grosso é o estado que mais exportou soja.
A China é o principal destino dos produtos brasileiros exportados. O petróleo, por exemplo gerou uma receita de US% 24 bilhões ao Brasil e a China ficou com 64% do petróleo exportado enquanto os Estados Unidos compraram 13%. Os chineses são também os maiores importadores do minério de ferro brasileiro, do milho, da carne bovina , da carne de frango, farelo de soja – e aqui Mato Grosso aparece como principal exportador.
A lista dos produtos exportados é grande e vai desde produtos primários e manufaturados, até industrializados, como aeronaves da Embraer.
Neste ano já é esperada uma queda nas exportações por conta da pandemia do coronavírus. No primeiro quadrimestre houve uma queda de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado, mas ainda assim o Brasil registrou superávit de US$ 11,8 bilhões.
Mato Grosso é o sexto estado em volume de exportações do Brasil e líder nacional na exportação de soja e soja triturada e de milho (52,4% do total embarcado para diversos países. A lista de produtos mato-grossenses exportados passa pelo farelo e resíduos da extração de óleo de soja, algodão, carne bovina, ouro, óleo de soja, produtos semimanufaturados, , produtos básicos e carne de frango.
Comentário
Esses números revelam as razões óbvias pelas quais o Brasil não deve fechar as portas para a China e deve conduzir suas relações comerciais de maneira independente dos Estados Unidos, ainda que o governo brasileiro esteja momentaneamente alinhado ideologicamente com os norte-americanos.
No que diz respeito ao comércio internacional, os EUA são concorrentes do Brasil na venda de diversos produtos agropecuários. Os problemas comerciais, políticos e ideológicos envolvendo as relações entre os dois países (EUA e China) não devem afetar as relações comerciais e diplomáticas do Brasil com a China.
O fato do país asiático viver sob um regime comunista não afeta em nada a democracia brasileira. Além disso, a China tem se comportando como parceiro comercial do Brasil e não se constitui uma ameaça à soberania nacional, tampouco às exportações brasileiras, muito pelo contrário.